sexta-feira, 26 de agosto de 2011

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: BOM OU RUIM?





           Foi-se o tempo em que as crianças e adolescentes tinham uma visão limitada da vida. Era necessário que os pais esclarecessem diversas questões suscitadas pela curiosidade ingênua daqueles jovens interessados pelo saber. Havia um respeito aos valores morais e a hierarquia, pena que isso virou coisa do passado.

          Atualmente, com o advento da internet, os jovens possuem o mundo aos seus pés. Ficam sabendo a cada minuto sobre o que se passa, dispensando a orientação dos seus genitores. Apesar das facilidades que esta ferramenta tecnológica proporciona a sociedade, houve uma transformação no modo de pensar humano. As ingênuas crianças tornaram-se consumidoras; possuem celulares, cartões de crédito, mesada, enfim, uma mudança panorâmica sobre o modo de vida.

           Essa nova realidade também repercutiu na maneira de agir destes jovens. É caretice se submeter aos pais, que estão com ideais "ultrapassados". Assim, alguns filhos perdem o respeito perante as autoridades por se acharem independentes e livres. Não se pode mais usar moderadamente o castigo físico como meio de repreensão, pois o jovem pode alegar violência doméstica. Isso é sinal de que a Bíblia em seus ensinamentos milenares está enquadrada no rol dos "desinformados".

          É óbvio e aceitável o autoconhecimento das crianças e dos adolescentes. O que não é permitido é a utilização da ausência de discernimento como justificativa para a prática de crimes. A redução da maioridade penal é um progresso, já que o entendimento dos jovens está mais evoluído e consciente. Afinal, se os pais não conseguem dá limites, a polícia o faz com o intuito de proteger os cidadão de bem, além de mostrar que o ato ilegal gera uma punição.

          Organizações de Direitos Humanos contrariam a redução alegando que haveria um aumento da superpopulação carcerária. Criticam  a omissão do Estado em não fornecer políticas públicas de inclusão social, levando diversos menores de idade ao mundo da criminalidade. De fato, o Estado tem a obrigação de erradicar a miséria que assola nosso país, porém, isso não pode ser uma blindagem para que os considerados inimputáveis fiquem cometendo atos extretamente monstruosos e depois irem para um centro de ressocialização como se nada do que foi praticado tivesse importância.

         Existem menores de idade mais perigosos do que adultos. Motivo? Sensação de impunidade. É  a ciência de que estando naquela idade, ele pode tudo e a punição é hilariante. Os adultos quando presos jogam toda a responsabilidade no menor,considerando-o extremamente  importante para a bandidagem. É preciso meter na cadeia esses menores, para desestruturar o planejamento dos criminosos e fazê-los entender que pobreza não é um pass livre para o crime, e ser menor de idade não significa NÃO SER DEVIDAMENTE PUNIDO.   

2 comentários:

  1. Eles pegam até 3 anos em instituições especiais... e saem de lá pior do que entraram, né? Imagina cumprindo pena numa presídio...

    : )

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  2. Durante um mês e meio o Jornal da Globo acompanhou a investigação da CPI do Sistema Carcerário com a seguinte conclusão de reportagem:
    Se o RETRATO do que acontece atrás das grades de uma prisão é o ESPELHO de uma SOCIEDADE, o Brasil pode entender a barbárie da qual se queixa nas ruas. Dentro das cadeias é ainda pior, conforme a reportagem intitulada APAGÃO CARCERÁRIO. Em várias partes do Brasil as equipes de reportagem mergulharam num sistema que parece funcionar apenas para perpetuar o horror, e que torna quase impossível pensar na recuperação de quem entrou nele. Isso aqui é uma fabrica de doido, porque não tem espaço pra gente aqui, declara um detento. A comida ta uma porcaria, declara um detento.
    Um descaso, nós estamos largados à própria sorte, alega outro detento.
    As equipes visitaram porões, corredores, pátios e celas de uma estrutura falida, insegura, malcheirosa... um depósito de gente.

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